Está em desenvolvimento um movimento de intervenção social, que mereceu já o acolhimento de mais de uma centena de pessoas, que visa apoiar, durante um ano, com a quantia mensal de 250 euros, famílias que, residindo em qualquer ponto do país, passaram a encontrar-se em situação económica muitíssimo difícil, em virtude de despedimento, por fecho de fábricas ou outras empresas decorrente da presente crise.
A verificação do preenchimento das acima referidas circunstâncias relativas a cada família, que fundamentam a atribuição do apoio, é da responsabilidade do Padre Jardim Moreira, Presidente da Rede Europeia Anti Pobreza/Portugal, que, no momento, está já a seleccionar famílias residentes, nomeadamente, no Vale do Ave.
Para efectivar o apoio, são constituídos grupos.
Cada grupo, composto por dez pessoas, responsabiliza-se pelo apoio económico, durante um ano, a uma família concreta, contribuindo, cada elemento do grupo, com 25 euros por mês.
A equipa coordenada pelo Padre Jardim Moreira verificará, ao 4.º e 8.º mês do decurso da acção, se a família continua a necessitar do referido apoio económico.
É da responsabilidade do Prior da Paróquia de Santa Maria de Belém (Jerónimos), em Lisboa, a abertura de conta específica dos Jerónimos, relativa a cada grupo, para recepção dos donativos, passagem dos correspondentes recibos e subsequente transferência para a família.
O nome da família a apoiar é confidencial, para respeitar o seu direito à intimidade e à privacidade.
Este movimento não tem qualquer conotação religiosa.
A situação do "próximo" assume, presentemente, tal gravidade que, para quem tem emprego assegurado, este apoio ― cerca de 83 cêntimos por dia, durante um ano ― não constitui apenas uma questão de solidariedade. É uma exigência de justiça!
Em ordem à criação de uma rede social de apoio aos mais frágeis, quem aderir a esta acção trará consigo mais uma pessoa amiga. E todos seremos poucos...
A presente acção de intervenção social iniciar‑se‑á quando forem indicadas, pelo Padre Jardim Moreira, as primeiras famílias.
Serão, então, comunicados a quem, entretanto, se inscreveu:
- o número do “grupo de apoio” a que pertence;
- a data de início da acção do respectivo grupo;
- o NIB da conta, pertencente à Paróquia de Santa Maria de Belém (Jerónimos), criada especificamente para esse grupo; e
- o nome dos restantes nove elementos que compõem o respectivo grupo.
Para inscrever-se, deverá enviar um e-mail para jeronimos.familias@gmail.com, endereço criado especificamente para esta acção, indicando:
- nome;
- morada;
- telefone(s);
- n.º fiscal
- nome de pessoa amiga que, igualmente, queira integrar os "grupos de apoio a famílias", a qual deverá também inscrever-se nos mesmos moldes.
Pode encontrar-se notícia desta acção de intervenção social em:
www.paroquia-smbelem.pt/smbelem_home.htm
O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), a Associação Sindical dos Professores Licenciados (ASPL) e o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) estão, igualmente, a divulgar estão acção de intervenção social nos respectivos sites.
Presentemente, esta acção de intervenção social conta já com mais de 150 pessoas inscritas para integrarem os “grupos de apoio a famílias” ― expressivo sinal da força do sentimento de solidariedade existente na sociedade civil.
A tal, certamente, também não será alheia a resposta positiva ao pedido que temos feito no sentido de cada pessoa "cativar" um amigo, em ordem a tornar possível a criação, em tempo útil, de uma verdadeira rede de solidariedade.
Na mesma linha, nos vários contactos encetados junto de diversas entidades ― nomeadamente, Sindicatos (ASJP, ASPL, SMMP, FNE, STE, etc.), Gulbenkian, CTT, BPI, Siemens, Lions Clubes-Portugal, Delta Cafés ― não temos pedido qualquer apoio monetário para esta acção, mas antes solicitado a divulgação do movimento, pelos associados/funcionários, bem como a sua motivação para integração nos "grupos de apoio a famílias". Sugerimos, somente, às empresas que perspectivem a possibilidade de, no âmbito do seu mecenato, suportarem uma parcela do apoio individual (83 cêntimos/dia) de cada seu trabalhador que venha a aderir a esta acção de intervenção social.
Efectivamente, o desenvolvimento, na sociedade civil, de um forte sentimento de solidariedade para com os mais frágeis ― este ano apoiando famílias, para o ano, porventura, idosos cuja pequena reforma não permite sequer satisfazer necessidades de saúde ― é tão importante quanto o apoio económico que pudéssemos receber de uma empresa.
Daí também o pedido e a insistência que fazemos no sentido de que cada pessoa, que queira integrar um "grupo de apoio a famílias", traga mais um amigo.
Tendo em vista o sentido e os objectivos desta acção de intervenção social e a importância, individual e colectiva, da formação da correspondente rede, constituiria um relevante apoio poder contar com a sua capacidade de intervenção e de mobilização.
Permitimo-nos, por isso, solicitar, ainda, a divulgação da presente acção de solidariedade junto de seus familiares e amigos, acompanhada de sensibilização pessoal para integração na rede.